17/05/2010

Sem titulo.

Eu sei que é interessante, mas tenho medo. Então acaba por ser um amor proibido. Eu tenho um amor que é considerado proibido. Até poderia falar tentar explicar. Mas a linguagem tem várias formas e a realidade só pode ser compreendida através da linguagem. Acabo por não arranjar soluções.
Um termo assume significado à medida que encontra um lugar numa determinada prática. Ainda não encontrei o lugar para assumir esse amor, para que não seja proibido, para que se torne prático. Mas depois esse termo passa a ser controlado por regras publicas de correcção. Eu tenho medo e não encontro solução. Assim que falar... A linguagem deixa de ser um mero veiculo de informação para converter-se numa actividade. Se isso acontecesse seria bom, seria a solução. O dizer e o fazer são coisas diferentes, eu nem digo, nem faço é um problema pessoal. A solução do enigma da vida, no espaço e no tempo, está fora do espaço e do tempo. A solução do meu amor proibido também se encontra fora do espaço e do tempo. Procuro preservar o mistério da vida e o que as palavras se revelam incapazes de dizer. O que se pode dizer, pode ser dito claramente, e aquilo de que não se pode falar tem de ficar no silêncio. Os factos pertencem todos apenas ao problema não à solução.

Palavra de Carolina e de Wittgenstein.

Um comentário:

  1. O texto está brilhante, já te andava para te dizer isto. Adorei ver-vos hoje, é um orgulho e um prazer! Obrigado!

    Um grande beijo

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